Comprometimento de renda das famílias - Serviço da dívida exceto crédito habitacional - Com ajuste sazonal (RNDBF)

O Banco Central compila e publica estatísticas monetárias e financeiras segundo a legislação em vigor, em particular a Lei nº 4.595, de 31.12.1964, e Resoluções do Conselho Monetário Nacional que ordenam a geração e divulgação de dados e informações. O Banco Central garante a confidencialidade dos dados relativos às instituições financeiras, empresas e indivíduos, em obediência ao estabelecido no artigo 2º da Lei Complementar nº 105, de 11.01.2001.

Alterações metodológicas serão informadas por meio das Notas Econômico-Financeiraspara Imprensa de Política Monetária e Operações de Crédito do SFN, no endereço eletrônicowww.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticasmonetariascredito, ou pelo Relatório de Inflação, no endereço eletrônico https://www.bcb.gov.br/publicacoes/boxrelatoriosinf.

Informações sobre metodologia e fontes dos dados estão disponíveis no Sumário Metodológico.

As alterações metodológicas foram divulgadas nos boxes:
“Endividamento e Comprometimento de Renda das Famílias com Dívidas Bancárias: revisão metodológica”, de setembro de 2011 (https://www.bcb.gov.br/publicacoes/ref/201109);

“Evolução Recente do Crédito, da Inadimplência e do Endividamento”, de setembro de 2008 (<http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2008/09/ri200809b2p.pdf>);

“Evolução da Inadimplência, do Endividamento e do Comprometimento de Renda das Famílias”, de junho de 2009 (<http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2009/06/ri200906b3p.pdf>);

“Evolução dos Indicadores de Endividamento e Comprometimento de Renda após a Crise”, de março de 2010 (<http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2010/03/ri201003b2p.pdf>);

“Endividamento e Comprometimento da Renda das Famílias: Incorporação do Conceito de Massa Salarial Ampliada Disponível”, de setembro de 2010 (<http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2010/09/ri201009b3p.pdf>);

"Estimativa mensal da Renda Nacional Disponível Bruta das Famílias", de dezembro de 2021 (<https://www.bcb.gov.br/content/ri/relatorioinflacao/202112/ri202112b2p.pdf>).

O comprometimento de rendaé apurado com base na proporção entre os valores médios trimestrais a serem pagos mensalmente no serviço das dívidas (juros e amortização) das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a renda média trimestral das famílias líquidas de impostos, expressa na Renda Disponível Bruta das Famílias restrita (RNDBF) publicada pelo IBGE. Adicionalmente, o Banco Central publica o comprometimento de renda ajustado sazonalmente.

A média móvel de 3 meses do pagamento mensal no período t considera a média aritmética simples entre os períodos t, t-1 e t-2:

O pagamento mensal – prestação mensal ou ainda serviço da dívida – corresponde à soma dos pagamentos mensais em cada modalidade “m” no período t.

Por sua vez, o pagamento mensal em cada modalidade “m” é função da taxa média de juros da carteira da modalidade, do saldo da carteira da modalidade e do prazo médio de amortização da dívida “p”:

Sendo p = (2n – 1), com n igual ao prazo médio de carteira da modalidade.

Cabe esclarecer que o pagamento do principal (amortização) na modalidade “m” corresponde ao saldo da carteira da modalidade dividido pelo prazo médio de amortização das operações “p”. Por resíduo, os juros do serviço da dívida equivalem ao valor do pagamento mensal menos o pagamento do principal.

Excepcionalmente, para o cálculo do pagamento mensal nas modalidades de cheque especial, cartão rotativo e financiamento imobiliário, a amortização considera valores específicos de prazo “p”, os juros equivalem à taxa média de juros da carteira vezes o saldo da carteira e as prestações são obtidas pela soma da amortização e dos juros:

Sendo:

• p no cheque especial = média da base específica de dados internos;
• p no cartão rotativo = 6,7 meses (hipótese de pagamentos mensais equivalentes a 15% da dívida);
• p no financiamento imobiliário = (2n - 1);

Conceitualmente, a Renda Nacional Disponível Bruta das Famílias corresponde à renda total das famílias, que inclui os rendimentos obtidos pelo uso de fatores de produção (trabalho e capital) e as transferências recebidas descontados das transferências pagas, como impostos e contribuições sociais. Essa medida expressa a renda agregada das famílias disponível para consumo final e poupança. Mais especificamente, a RNDBF soma as seguintes parcelas de rendas das famílias, obtidas nas Contas Econômicas Integradas (CEI) do SCN,remuneração do trabalho, que inclui os salários dos empregados e o rendimento misto bruto;excedente operacional bruto, que para o setor institucional famílias corresponde principalmente às rendas de aluguéis efetivo e imputado;rendas de propriedade, que incluem juros líquidos recebidos, rendas distribuídas das empresas para as famílias e rendas de investimentos, menos as rendas pagas pelo uso de recursos naturais; ebenefícios sociais, que englobam benefícios de seguridade social, outros benefícios de seguro social e benefícios de assistência social. Desse total, são deduzidas as transferências das famílias para os demais setores institucionais e para o exterior,impostos sobre renda e patrimônio;contribuições sociais efetivas das famílias;outras transferências correntes líquidas realizadas pelas famílias.

O endividamento é apurado com base na relação entre o saldo das dívidas das famílias no SFN e aRNDBF restritaacumulada dos últimos doze meses.

Os dados referem-se às operações de crédito realizadas pelas instituições financeiras no Brasil (não inclui dados de agências e subsidiárias de bancos brasileiros no exterior), com devedores predominantemente domiciliados no país. Algumas operações específicas são pactuadas com devedores domiciliados no exterior. Instituições financeiras abrangidas: associação de poupança e empréstimo, bancos comerciais, bancos de câmbio, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento, bancos múltiplos, caixas econômicas, companhias hipotecárias, sociedades de arrendamento mercantil, sociedades de crédito, financiamento e investimento e sociedades de crédito imobiliário.

Inclui todas as dívidas contraídas por pessoas físicas com o SFN destinadas a consumo e financiamento imobiliário, exceto desconto de cheques, microcrédito, crédito rural, crédito com recursos do BNDES e outros créditos direcionados. Assim, foram excluídas operações destinadas a atividades produtivas exercidas pelas famílias, classificadas na modalidade "outros créditos livres". Para inclusão das compras com cartão de crédito parceladas sem juros, foi necessário desagregá-las do total do cartão de crédito à vista, posto que apenas as compras parceladas impactam o orçamento das famílias ao longo do tempo. Com base nas estatísticas de pagamentos, estimou-se que as operações parceladas respondem por aproximadamente 70% dos saldos da modalidade "cartão de crédito à vista".

As séries 20399 e 20400 também não incluem os financiamentosimobiliários.

Os saldos são apurados de acordo com regras contábeis, pelo regime de competência, e correspondem ao valor nominal da carteira.

Registros contábeis

Os dados das instituições que atrasaram a remessa do documento são estimados com base no último documento disponível dessas instituições. As informações das últimas três datas-base são revisadas periodicamente, podendo ocorrer, eventualmente, revisão em outras datas-base.